História
História da Freguesia do Castelo
A Freguesia do Castelo, situada no concelho de Moimenta da Beira, é uma povoação portuguesa com uma rica herança histórica e cultural. Com uma área de 6,42 km² e cerca de 196 habitantes (Censos 2021), a sua história remonta a tempos medievais, carregada de tradição e significado.
Uma das mais antigas e emblemáticas do concelho de Moimenta da Beira. O seu nome remete para um passado de importância estratégica e defensiva, testemunhado pelas ruínas de antigas estruturas fortificadas que terão existido no topo da elevação que domina a paisagem local. Acredita-se que a freguesia tenha sido um importante ponto de vigia e proteção na época medieval, tendo o castelo dado nome à localidade.
Situada numa zona de grande beleza natural e com fortes raízes rurais, a freguesia tem sido habitada desde tempos remotos. Há indícios de ocupação pré-romana e vestígios arqueológicos que atestam a presença de civilizações antigas, embora o desenvolvimento mais marcante tenha ocorrido durante a Idade Média.
Durante séculos, a população viveu essencialmente da agricultura, com especial destaque para a produção de vinho, cereais e fruta, bem como da pastorícia e dos pequenos ofícios. A freguesia soube manter ao longo do tempo as suas tradições e identidade, preservando um valioso património cultural, religioso e arquitetónico, com destaque para as igrejas, capelas, cruzeiros e casas senhoriais.
Com o passar dos anos, a Freguesia do Castelo foi acompanhando as transformações sociais e económicas da região, mantendo-se como uma comunidade acolhedora, resiliente e orgulhosa do seu passado.
Hoje, a Junta de Freguesia trabalha para valorizar essa herança, dinamizar a vida local e melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, sempre com os olhos postos no futuro, mas sem esquecer a riqueza da sua história.
Texto fornecido pela Junta de Freguesia do Castelo
O Caveleiro Godo Leopigunus
Segundo a tradição local, no final do século IX, chegou às terras de Castelo um cavaleiro goda chamado Leopigunus. Estabeleceu-se numa “villa” no morro que hoje abriga a freguesia, dando-lhe o nome de Lobazim, o nome pelo qual a povoação ficou conhecida nos seus primeiros tempos
Leopigunus é assim considerado o fundador da comunidade original; a sua “villa” serviu de núcleo ao crescimento da povoação que, séculos depois, assumiria o nome de Castelo.
A referência a Leopigunus como “godo” insere-se no imaginário histórico que associa povos germânicos (como os visigodos, que habitaram a Península Ibérica) a processos de reconquista, repovoamento e criação de novas vilas após o domínio muçulmano ou o colapso do domínio romano.